terça-feira, 3 de julho de 2007

Pastores


Este blog tem andado, parece-me algo parado. Porém acho que é um instrumento bonito que temos ao nosso dispor e portanto procuro tirar algum benefício para o nosso grupo de reflexão. Quero partilhar convosco um texto que seleccionei para a reunião que não nos foi possível realizar no outro Domingo, penso, no entanto, que interessante, dada a celebração de próximo Domingo a partilha sobre este tema do que é ser padre.

3. Os presbíteros, tirados dentre os homens e constituídos a favor dos homens nas coisas que se referem a Deus, para oferecerem dons e sacrifícios pelos pecados, convivem fraternalmente com os restantes homens. Assim também, o Senhor Jesus, Filho de Deus, enviado pelo Pai como homem para o meio dos homens, habitou entre nós e quis assemelhar-se em tudo aos seus irmãos, menos no pecado. Já os Apóstolos o imitaram, e S. Paulo doutor das gentes, «escolhido para anunciar o Evangelho de Deus» (Rom: 1,1) atesta que se fez tudo para todos, para salvar a todos. Os presbíteros do Novo Testamento, em virtude da vocação e ordenação, de algum modo são segregados dentro do Povo de Deus, não para serem separados dele ou do qualquer homem, mas para se consagrarem totalmente à obra para que Deus os chama. Não poderiam ser ministros de Cristo se não fossem testemunhas e dispensadores duma vida diferente da terrena, e nem poderiam servir os homens se permanecessem alheios à sua vida e às suas situações. O seu próprio ministério exige, por um título especial, que não se conformem a este mundo; mas exige também que vivam neste mundo entre os homens e, como bons pastores, conheçam as suas ovelhas e procurem trazer aquelas que não pertencem a este redil, para que também elas oiçam a voz de Cristo e haja um só rebanho e um só pastor. Para o conseguirem, muito importam as virtudes que justamente se apreciam no convívio humano, como são a bondade, a sinceridade, a fortaleza de alma e a constância, o cuidado assíduo da justiça, a delicadeza, e outras que o Apóstolo Paulo recomenda quando diz: «Tudo quanto é verdadeiro, tudo quanto é puro, tudo quanto é justo, tudo quanto é santo, tudo quanto é amável, tudo quanto é de bom nome, toda a virtude, todo o louvor da disciplina, tudo isso pensai» (Fil. 4,8). In Presbyterorum Ordinis.

Espero que vos seja interpelativo.
Um abraço em Cristo Sacerdote, Senhor e Rei.
O vosso animador

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